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CASE UNO MINIMALISTA: DE PROJETO FICTÍCIO ÀS PRATELEIRAS

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CASE UNO MINIMALISTA: DE PROJETO FICTÍCIO ÀS PRATELEIRAS

CategoriasDireitos Autorais / Contratos

moysesremma

08/06/2021

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A HISTÓRIA

Você está por dentro case do Warleson Oliveira e o Uno Minimalista?

Se não, vou trazer um resumo aqui. Em janeiro de 2020, o designer brasileiro postou um projeto fictício, uma releitura do clássico jogo Uno, da Mattel.

Ele imaginou uma versão minimalista para as cartas e adivinhem? O mundo (especialmente a comunidade dos designers) caiu de paixão pela versão.

O projeto foi destaque em dezenas de perfis e sites de design e criatividade.

Todo mundo gritando: “Eu quero!”

O que aconteceu na sequência?

DO INSTA PRAS PRATELEIRAS

Acontece que a Mattle percebeu o potencial do produto e contatou o designer brasileiro para tornar aquela versão  disponível para o mercado.

Pensa comigo. Isso faz total sentido e é um ganha-ganha para as duas partes.

A Mattel não precisou investir em pesquisa e desenvolvimento, contratar um estúdio grande de design, testar aceitação do público…

Todo esse trabalho já caiu de mão beijada no colo deles: um baita conceito, bem executado, mídia e marketing espontâneo, e um monte de clientes com as carteiras abertas dizendo “vem pegar o meu dinheiro!”.

Empresas inteligentes têm apostado em Open Innovation, ou seja, na busca de soluções de maneira colaborativa e nem sempre geradas dentro de seus próprios escritórios.

COMO NEGOCIAR?

Mas aí vem o próximo ponto. A Mattel curtiu o projeto, como que as partes podem fazer pra efetivamente colocar isso no mercado?

Nesse momento vai entrar a negociação de como o designer será remunerado e qual modelo de contrato será utilizado.

E o ponto chave, a meu ver, é definir se será um feito um licenciamento ou cessão, e como serão pagos os royalties.

LICENCIAMENTO

Nessa modalidade de transferência dos direitos patrimoniais, o designer permitiria à Mattel explorar o design:

  • por um período determinado
  • para a impressão de um determinado número de lotes

Terminado o período ou impressos os lotes combinados, o licenciamento estaria encerrado e caso a fabricante desejasse licenciar novamente, deveria estabelecer novo contrato e pagar novamente ao designer.

Certamente o licenciamento seria com exclusividade.

CESSÃO

Nessa modalidade, via de regra o designer estaria abrindo mão de todos os direitos patrimoniais permanentemente em favor da gigante dos brinquedos.

O valor a ser pago seria maior que o do licenciamento, pois o designer não poderia se aproveitar financeiramente da criação uma segunda vez.

Não tive acesso aos contratos, nem ouvi o Walerson falando nada sobre, mas creio que a Mattel deve ter buscado essa opção.

ROYALTIES

E como ficará o pagamento dos royalties ao designer?

Essa decisão novamente dependerá da negociação e da escolha do modelo de contrato (licenciamento ou cessão).

Normalmente se remunera (a) um valor fixo que pode ser pago à vista ou parcelado ou (b) uma comissão percentual sobre o faturamento das vendas a ser apurado a cada X meses.

No valor fixo, o designer já sabe de antemão quanto vai receber. No percentual, ele aposta junto com a empresa no sucesso do produto e geralmente existe o potencial de se ganhar mais dinheiro nessa opção. Mas sempre existe o risco de não se faturar o esperado, saiba disso.

UMA DICA

Se você estiver pensando em fazer algo do tipo, não use artes/obras de terceiros protegidas por direitos autorais de terceiros.

Imagina se o Walerson tivesse feito um estudo de “Uno Star Wars”, usando os personagens da franquia nas cartas.

A chance de conseguir colocar no mercado diminuiria ou, no mínimo, seria muito mais complicado porque teria de envolver a Disney nas negociações.

Afinal, ela tem os direitos sobre Star Wars e seus personagens. Mesmo que o público demonstrasse muito interesse, a negociação seria bem complexa e, na melhor das hipóteses, ela comeria uma parcela gigantesca dos Royalties, sobrando quase nada para o designer.

Eu achei essa uma das histórias mais incríveis do design brasileiro em 2020.

E acho que ela mostra mais uma vez as possibilidades e a importância de conhecer seus direitos pra poder monetizar melhor suas criações, além de planejar sua carreira.

CONTRATOS

Eu presto consultoria em propriedade intelectual e contratos pra designers desde 2009.

Nesse período eu percebi que tanto os designers que estão começando quanto os que já são referência no mercado conhecem muito pouco sobre seus direitos. E estão perdendo oportunidades de explorar esses direitos para faturar mais.

O que eu pude perceber é que, entendendo alguns pontos chaves, os meus clientes designers conseguiam perceber todo o potencial do seus trabalhos e com isso tudo mudava: da postura nas conversas com clientes (assumindo o papel de autoridade na relação), as negociações, a precificação dos serviços, a segurança transmitida e o faturamento no final do mês.

E são essas técnicas que eu compilei e trouxe pra você no meu curso Assina Design.

Clique aqui para saber mais e fazer sua inscrição.

Tags: direitos autorais, direitos morais, contrato

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